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Projeto Porta Aberta oferta livros do IFTO aos reeducandos da Cadeia Pública de Araguatins
Extensão
Proporcionar o desenvolvimento regional por meio do Ensino, Pesquisa e Extensão, prezando pela eficiência na formação acadêmica e na difusão do conhecimento, com essa missão o Instituto Federal do Tocantins (IFTO) ganha reconhecimento, como é o caso do Projeto Porta Aberta, realizado em Araguatins.
Desde junho de 2017, a iniciativa de extensão, visa o incentivo à leitura para apenados, encarcerados ou presidiários. Participam da ação: servidores do Campus Araguatins do IFTO, do Judiciário (Juiz de execução Penal e Ministério Público) e da Cadeia Pública de Araguatins.
O nome do projeto surgiu da frase do autor Sandro Consta: "A leitura é uma porta aberta para um mundo de descobertas sem fim". Sendo assim, com o objetivo de ofertar livros da Biblioteca do IFTO, o projeto promove a leitura entre as pessoas privadas de liberdade, contribuindo assim com o desenvolvimento da personalidade, fortalecendo os direitos humanos e complementando ações para o abatimento dos dias e horas trabalhadas do preso.
O Projeto Porta Aberta segue a Recomendação nº 44, de 26 de novembro 2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre as atividades educacionais complementares para fins de abatimento dos dias e horas trabalhadas do preso, por meio do estudo.
"Hoje posso dizer que que reeducação e os projetos de ressocialização que acontecem na Cadeia Pública de Araguatins oportunizam aprendizado através de atividades educacionais e com isso, podemos retornar ao convívio social. Em nome de todos que participam, agradecemos a Direção da Unidade pelo trabalho desenvolvido em buscar melhorias a condição do preso, bem como ao IFTO", destaca J.A.M.C, reeducando que participa do projeto e obteve pontuação alta no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Segundo Maristela Gonçalves, coordenadora do projeto, "servir à comunidade é um dos objetivos do IFTO, através do crescimento pessoal evitando a ociosidade constante. O reeducando um dia voltará ao convívio com a sociedade: ele deve ser capacitado para trabalhar, para saber se comunicar, construir um currículo, para que não retorne ao mundo do crime. Através da leitura, o reeducando pode refletir sobre os atos tomados de forma, muitas vezes, impensada que os levaram a se encontrarem na situação prisional. A leitura é apenas uma das ações para a inserção social, e se podemos fazer algo pelo próximo, é nosso dever fazê-lo!".
Incentivo aos estudos
É importante destacar que por meio da leitura, os reeducandos motivarem-se para estudar mais e com isso, 16 realizaram inscrição para participar do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade e Jovens em Medidas Socioeducativas (Encceja PPl). O exame ocorreu nos dias 8 e 9 de outubro de 2019, nas dependências da Cadeia Pública.
No Enem PP 2019, aplicado nos dias 10 e 11 de dezembro de 2019, os reeducandos tiveram desempenho significativo na prova de redação: dois obtiveram notas elevadas (702 e 700) alcançando, respectivamente, 2° e 3° lugares entre os internos participantes do Estado do Tocantins.
Projeto Porta Aberta em números:
Junho a dezembro de 2017
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306 livros disponibilizados para leitura;
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83 livros manuseados;
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42 resenhas feitas;
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7 apensados participantes.
Janeiro a dezembro de 2018
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364 livros disponibilizados para leitura;
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231 livros manuseados;
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192 resenhas feitas;
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19 apensados participantes.
Janeiro a dezembro de 2019
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610 livros disponibilizados para leitura;
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435 livros manuseados;
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204 resenhas feitas;
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20 apensados participantes.
Para 2020
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30 presos inscritos no projeto;
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Reunião feita em janeiro de 2020, com explanação sobre como funciona o projeto, resenhas, e resposta à dúvidas dos presos;
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Inclusão de uma "Roda de leitura" mensal com a pedagoga da Unidade Prisional, Keylyane da Silva Santos Laurindo.