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Palestras discutem inclusão de pessoas surdas no ambiente escolar
NAPNE
A convivência inclusiva com pessoas surdas é tema de duas palestras que acontecem nesta terça-feira, 3, no auditório da unidade de Porto Nacional do Instituto Federal do Tocantins (IFTO). A realização delas é uma ação do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais (Napne) em alusão ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, comemorado no dia 24 de abril.
Pela manhã, os estudantes assistiram à palestra “Tenho um colega surdo e agora?”, que apresentou abordou a legislação sobre Libras, desmentiu mitos relacionados à Língua e ressaltou a importância do conhecimento sobre o tema em prol da inclusão dos surdos.
A responsável pela condução das duas palestras, professora de Libras Alini Albuquerque, explicou que a ação “é importante para o reconhecimento da Libras enquanto Língua e para ajudar que os estudantes entendam porque um dia eles podem ter um colega surdo e a palestra vem justamente para isso, para eles entenderem o que é a Libras e como podem fazer para incluir o surdo”.
A preocupação com o outro foi o motivo que interessou o estudante de Informática para Internet, Danilo Coutinho, a assistir à palestra. Ele conta que, apesar de não ter nenhum colega surdo na escola, já teve contato na igreja que frequenta e até sabe alguns sinais em Libras. Para ele, a discussão é válida para saber como se comportar e incluir pessoas surdas na sua convivência. “A palestra vai me ajudar a me comunicar com o surdo e é uma forma de diminuir o preconceito. Além da gente conviver, eu vou saber um pouco quais as dificuldades deles”, afirmou.
Quem também estava na plateia do evento desta manhã foi Quézia Gonçalves, estudante de História da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Ela soube da palestra por meio de uma professora do curso e fez questão de participar do momento. “Depois que aprendi a falar meu nome e meu sinal [em Libras] achei interessante e vim participar porque a Libras ainda tem pouca visibilidade e é importante conseguirmos ter a comunicação com os surdos”, declarou.
Orientação para futuros professores
Com objetivo de sensibilizar os futuros docentes sobre o tema, à noite acontece a palestra “Tenho um aluno surdo e agora?” destinada, principalmente, para estudantes dos cursos de Licenciatura.
Segundo a professora Alini, o assunto precisa ser debatido com esse público em virtude da necessidade de adequação curricular e do conteúdo, a fim de atender as necessidades específicas que os surdos necessitam e incluí-los no processo pleno de aprendizagem.