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IFTO aprova novos projetos de enfrentamento à Covid-19
Coronavírus
O Instituto Federal do Tocantins (IFTO) continua com o edital aberto de propostas de projetos de Extensão, Pesquisa e Inovação que visem o enfrentamento da situação de emergência decorrente do novo coronavírus (Covid-19). O edital foi retificado e as inscrições serão encerradas no próximo dia 15 de junho.
Ainda constam nove vagas em aberto. Novos projetos foram aprovados nas últimas semanas. São eles:
Pedro Afonso
O projeto "Incentivo à produção de máscaras: uma alternativa para costureiras de Pedro Afonso minimizar os impactos socioeconômicos causados pela Covid-19", coordenador pela professora por Aline da Silva, está relacionado com as costureiras do município de Pedro Afonso, em sua maioria, mães que sustentam a família com as costuras. Porém com a pandemia, estas mulheres deixaram de receber encomendas e ficaram sem renda.
"Devido a isso, o projeto visa ajudar estas mulheres através de incentivo com doação de materiais de costura para fabricação das máscaras caseiras, contribuindo para aumentar da renda da família e em contrapartida as costureiras irão doar 10% das máscaras produzidas a comunidade carente de Pedro Afonso. Junto com as máscaras serão distribuídos cartilhas explicativas de usos e cuidados de higiene das máscaras", explicou Aline da Silva.
Além da professora Aline, fazem parte do projeto a professora Mírian Peixoto e duas estudantes bolsistas do curso técnico em Agropecuária da unidade. A ideia surgiu a partir da observação de uso de máscaras por moradores de comunidades carentes. "Visto que muitos estavam andando com máscaras artesanais de materiais reciclados, como fraldas de pano, pedaços de lençóis velhos e utilizando de forma incorreta", disse Aline.
Também em Pedro Afonso foi aprovado o projeto "Sabonete líquido artesanal: uma alternativa para auxiliar no combate ao contágio do novo coronavírus (Covid-19)", pela professora Mírian Peixoto.
Araguatins
Em Araguatins, está sendo desenvolvido o projeto "Utilização de algoritmos de Deep Learning na detecção de pessoas infectadas por Covid-19 por meio de exames rotineiros", pelo professor Moisés Laurence de Freitas. O projeto consiste no desenvolvimento de uma plataforma eficiente de testes de Covid-19, que implementando técnicas de Deep Learning (aprendizado de máquinas profundo), espera-se predizer o diagnóstico a partir de exames laboratoriais adicionais coletados para um caso suspeito da doença durante uma visita à sala de emergência, como exames de urina, sangue e outros.
De acordo com o professor, "será possível ainda, dentre os casos confirmados de Covid-19, identificar a probabilidade de qual tratamento aquele indivíduo necessitará, por exemplo, enfermaria, unidade semi-intensiva ou unidade de terapia intensiva", afirmou. Além do professor Moisés, a equipe do projeto tem os seguintes integrantes: o estudante voluntário Francisco Bezerra (IFTO); o professor Areolino de Almeida (UFMA) e o professor Jonnison Lima (IFAM).
Moisés Laurence explicou como surgiu a ideia do projeto: "Uma etapa crítica na luta contra o Covid-19 é a triagem eficaz de pacientes infectados, haja vista que em um contexto de um sistema de saúde sobrecarregado com a possível limitação para realizar testes para a detecção de SARS-CoV-2, testar todos os casos seria impraticável e os resultados dos testes poderiam ser adiados, mesmo que apenas uma subpopulação de destino fosse testada. Motivados por isso, este projeto busca prever casos confirmados de Covid-19 entre casos suspeitos, com base nos resultados de exames laboratoriais comumente coletados para um caso suspeito de Covid-19 durante uma visita à sala de emergência. Motivados por isso, vários sistemas de inteligência artificial (IA) baseados em aprendizado profundo foram propostos e os resultados demonstraram ser bastante promissores em termos de precisão na detecção de pacientes infectados com Covid-19", disse.
Araguaína
Também foi aprovado o projeto "Desenvolvimento de um Imunossensor MCQ para diagnóstico direto do Sars-Cov-2 (Covid-19), do professor Gilson Tavares, da unidade de Araguaína. O trabalho consiste no desenvolvimento de um sensor que seja capaz e identificar a presença do vírus SARS-COV-2 ou de anticorpos contra o vírus em amostras em tempo real e com baixo custo. Além professor e coordenador do projeto Gilson Tavares, participam também como integrantes a bolsista estudante Melliny Lisboa, ex-aluna do curso técnico subsequente em Análises Clínicas e estudante do Curso Gestão da Produção Industrial, da unidade de Araguaína.
De acordo com o coordenador do projeto, "a sociedade poderá ter mais uma ferramenta de diagnóstico para o SARS-COV-2, com possibilidade extensão para o diagnóstico de outras doenças, com tecnologia escalonável nacional. A comunidade interna do IFTO também pode se beneficiar como sendo desenvolvedora da tecnologia que pode resultar no futuro em uma linha de pesquisa de desenvolvimento de tecnologia em saúde, visto que umas das lições que podemos tirar dessa pandemia é que, um país como o Brasil não pode ser praticamente dependente de outros países em tecnologia de diagnóstico, equipamentos médicos e de insumos de saúde", enfatizou Gilson Tavares.
Ele explica que a ideia surgiu como proposta de mestrado no Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), da Universidade Federal do Tocantins - Campus Palmas. Com a edital emergencial do IFTO foi possível direcionar o projeto para uma aplicação direta como tecnologia de diagnóstico.
Ao todo, passam a ser 11 projetos aprovados. Confira quais são todos eles aqui.