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Cerimônia de certificação encerra curso "Inclusão digital na melhor idade"
Projeto Integrador
Foi realizada nessa quinta-feira, 9, a cerimônia de entrega dos certificados de conclusão do curso “Inclusão digital na melhor idade”, ofertado pela unidade de Porto Nacional em parceria com a prefeitura do município.
Participaram do evento de encerramento, o diretor-geral, Albano Dias, gestores e servidores da unidade, o prefeito de Porto Nacional, Ronivan Maciel, autoridades do município, representantes da Universidade da Maturidade (UMA), além dos idosos participantes do projeto, seus familiares e os estudantes responsáveis pelas aulas do curso.
Nos discursos, as autoridades destacaram a relevância da parceria entre as instituições em prol da comunidade portuense e o papel do IFTO em promover, por meio de projetos, ações que impactam positivamente na população. O diretor- geral Albano Dias exclamou sua alegria pelo resultado da ação. “Ficamos muito felizes pela execução desse projeto e queremos o desenvolvimento de outros mais em parceria com a prefeitura, para que a comunidade usufrua deste espaço que está para servir a todos”, declarou.
Os idosos participantes do projeto fazem parte da UMA, um programa da Universidade Federal do Tocantins (UFT), e são atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) União de Porto Nacional.
Projeto Integrador
O curso “Inclusão digital na melhor idade” foi executado como atividade da disciplina Projeto Integrador do curso técnico integrado em Informática para Internet, sob coordenação do professor Heleno Manduca. Por quase três meses, cerca de doze idosos voltaram à sala de aula para entrar no mundo digital. Durante os encontros semanais, eles aprenderam desde o básico de informática, como ligar um computador, até o uso de redes sociais, além de dicas de como evitar golpes pelo celular e identificar fake news.
Da turma inicial, nove idosos concluíram o curso e receberam o certificado. A senhora Izaltina Ramos de Souza foi um deles. Ela conta que a participação proporcionou muito mais do que o aprendizado sobre Informática. “Já tem umas coisas que aprendi a mexer para não ficar pedindo. Além de aprender, também gostei do curso porque saía de casa, conheci os alunos que deram aula. Gostei muito”, disse.
Os estudantes do 1º ano do ensino técnico integrado em Informática para Internet, sob orientação do coordenador do projeto, assumiram o posto de monitores do curso. Antes disso, a turma passou por uma dinâmica, conduzida pelas professoras Francisca Mesquita e Cynthia Oliveira, de aproximação e sensibilização com os idosos. Segundo Dolores da Silva Ribeiro, o preparatório dos monitores deu certo e os estudantes tiveram um bom desempenho como professores. “Estão aprovadíssimos. Eles tiveram tanta atenção com a gente. Mesmo quando a gente perguntava alguma coisa que eles não sabiam, eles chamavam outro, mas não deixava a gente em branco”, enalteceu a participante do curso.
Para os jovens estudantes a experiência também está aprovada e contribui para a formação profissional e pessoal. Raíssa Rodrigues, uma das monitoras, avalia positivamente o projeto. “É bom ensinar quem quer aprender. Eles são muito fofos, muito bons de ensinar. Eles tinham interesse muito grande em aprender. Eu precisava estudar para ensinar a eles e automaticamente já me ajudava no curso. Eu vi de perto a evolução de cada um deles. Estou muito orgulhosa deles não terem desistido, mesmo quando estava mais difícil. Eles conseguiram chegar até aqui. É algo muito bonito de se ver, que nunca é tarde para aprender.”, relatou.
O coordenador do projeto, Heleno Manduca, também comentou sobre a execução do projeto. “O resultado foi muito positivo. Os alunos tiveram uma participação muito especial e conseguiram desenvolver o conteúdo que a gente tinha planejado com muita dedicação. Inclusive, em todos os encontros os idosos elogiavam o empenho dos monitores. Por outro lado, os idosos aproveitaram bastante do conteúdo e várias vezes relataram que estavam aprendendo um assunto diferente a cada quinta-feira e estavam tristes porque o curso iria acabar porque estavam gostando demais”, declarou.
O coordenador acrescenta que o projeto é contínuo e uma nova turma, de um outro CRAS, será contemplada no próximo semestre letivo.
Um passado de inclusão
A turma do CRAS/União não foi a primeira a passar pelo curso de inclusão digital. O projeto integrador foi apresentado e executado pela primeira vez na unidade de Porto Nacional em 2019, em parceria com o CRAS do setor brigadeiro Eduardo Gomes.
As estudantes Ariani da Silva, Debora Ribeiro e Gabriela Silva foram as responsáveis pela produção do projeto, como trabalho final do curso técnico em Informática, na modalidade subsequente. Elas também foram orientadas pelo professor Heleno Manduca.
À época, foram ofertadas aulas de Informática para os idosos durante uma semana, com objetivo de incluir, ensinar e acolher. O resultado da execução do projeto foi positivo, conforme pontua Débora Ribeiro. "Foi gratificante notar os idosos interagirem com o mundo digital, porque muitos relataram não conhecer e através do nosso projeto conseguiram se sentir parte da sociedade digital", relembrou.
Gabriela Silva também rememora a execução do projeto e expressa sua satisfação ao vê-lo ter continuidade atendendo novos públicos. "O projeto foi um sucesso perante os nossos idosos, no fim da semana digital eles relataram conseguir produzir sabão caseiro, bolos e várias outras receitas por conta da ajuda que tiveram. É lindo saber que o Instituto acolheu o nosso projeto e resolveu dar continuidade às aulas, assim podendo incluir nossos idosos nessa era! Somos gratas pelo reconhecimento como criadoras do projeto e ficamos imensamente felizes em poder contribuir com a sociedade", declarou.