Engajando-se na luta antirracista e na busca por uma sociedade mais igualitária racialmente, a unidade de Porto Nacional promoveu entre os dias 21 e 25 de novembro, a Semana da Consciência Negra. A programação foi realizada nos três turnos para alcançar o público de todas as modalidades de cursos ofertados na unidade.

A abertura do evento, na noite da segunda-feira, 21, compôs a programação do município, por meio de uma parceria com a secretaria municipal de cultura. No Centro Cultural Vicentão, o professor e gerente de ensino da unidade, Jânio Carlos Nascimento, falou sobre os desafios de ser negro na sociedade contemporânea.

Outra atividade que também debateu as problemáticas enfrentadas pela população afrodescendente aconteceu na quarta-feira, 23. Em uma roda de conversa, a ativista portuense Ana Cléia Gomes dialogou com estudantes e trouxe a discussão do racismo para a realidade local e falou sobre sua vivência como mulher negra.

Quinta-feira, 24, pela manhã, os estudantes do ensino técnico integrado ao médio seguiram aprendendo e dialogando sobre a pauta racial. Dessa vez, com a condução da professora Rubra Araújo, do campus Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A docente falou sobre manifestações culturais negras. Ao final de sua exposição, distribuiu cartas com figuras de orixás entre o público e explicou sobre as divindades. Jéssica Araújo, , do curso de Informática para Internet, aprovou a realização do evento. “Acho muito importante eventos como esse, foi uma palestra muito boa. A parte que mais gostei foi da explicação sobre as cartas dos orixás. Recebi uma e senti uma energia boa”, declarou.

Na noite da quinta-feira, 24, foi a vez da mesa-redonda com a temática “ Racismo na sociedade Contemporânea”, tendo como público majoritário os estudantes da graduação. Participaram do momento, o artista portuense Everton dos Andes, que falou sobre o racismo na internet. Na sua fala, ele expôs situações de racismo feitas em redes sociais e alertou sobre o fato de mesmo no meio cibernético, a prática do racismo ser passível de penalização. O professor Sérgio Roberto Alves expôs sobre as várias formas de racismo que são praticadas na nossa sociedade, ressaltando a importância das pessoas negras conhecerem sua ancestralidade para, assim, resgatarem a identidade. Para falar sobre o racismo presente nas instituições, em especial, de ensino, a estudante de Licenciatura em Computação da unidade de Porto Nacional, Mariluzia Cardoso.

Além dos debates, a Semana da Consciência Negra também proporcionou momentos de atividades práticas, como a roda de capoeira e a oficina de tranças. Glaúcia Quintanila, de Informática para internet, foi uma das modelos da oficina de tranças. Ela contou ter sido a primeira vez que trançou os cabelos e ter gostado do resultado. “Acho importante aprender a cuidar dos meus cabelos, quero fazer outras vezes”, disse.

Para a presidente da comissão organizadora do evento, professora Ordália Dias, o evento foi um sucesso, com grande relevância para a comunidade acadêmica e para toda sociedade. “A Semana da Consciência Negra no Campus Porto Nacional não foi apenas uma semana de celebração, mas de reflexão, de ressignificação, de reconhecimento e valorização da luta e da cultura negra brasileira e suas contribuições na sociedade”.

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