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SAFs podem contribuir para uma agricultura mais sustentável
Agenda Ambiental
O desmatamento de grandes extensões de terra para a prática agrícola tem sido considerado por especialistas como um dos fatores que resultam nas alterações climáticas. Tendo em vista que a geração de alimentos depende essencialmente do plantio de diversas culturas, essa é uma questão complexa. Contudo, estudiosos da área da agroecologia têm buscado alternativas para aliar agricultura e preservação da natureza.
Em Araguatins, duas propriedades rurais funcionam como área de experimento para implantação de sistemas agroflorestais, também chamados pela sigla SAFs. A ação fez parte de um projeto de extensão coordenado pela professora Josinete Araújo, do Campus Araguatins, do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), e envolveu outros professores e estudantes da unidade, que participam ativamente em conjunto com proprietários das terras.
De acordo com Josinete, a intenção da atividade extensiva é mostrar ao pequeno produtor que um SAF pode ser rentável, além de recuperar áreas degradadas e ampliar a biodiversidade na área.
O professor Miguel Camargo, que integra a equipe do projeto, explica que os SAFs são formados a partir do cultivo de diversas plantas em uma mesma área com o objetivo de buscar um equilíbrio naquele ambiente, sem sobrecarregar o uso do solo. "É uma imitação de uma floresta, que funciona de forma produtiva e econômica", acrescentou o professor.
Por meio do projeto "Manutenção de Sistemas Agroflorestais", espera-se difundir o conhecimento e a prática de uso da terra de modo a conciliar preservação ambiental com a produção de alimentos em comunidades e assentamentos rurais, que funcionam como modelos. Os conhecimentos são repassados por meio de das oficinas realizadas no SAF do IFTO - Campus Araguatins.
Projeto SAFs
O projeto foi iniciado em outubro de 2020 e realizado em duas etapas, sendo que a primeira consistiu em sua implantação do Projeto de Assentamento (PA) Maringá. A segunda etapa, que desenvolvida no ano de 2021, teve como objetivo a sua manutenção e expansão por meio de divulgações, oficinas, elaboração e distribuição de cartilhas, as quais auxiliarão os agricultores e profissionais da área.
A comunidade do Projeto de Assentamento Maringá fica a 32 km da cidade e é composta por 92 famílias cadastradas na Associação. Estima-se que haja aproximadamente cerca de 300 pessoas ativas na comunidade.
Por meio de iniciativas assim, o IFTO contribui com conhecimentos e práticas que contribuem para o desenvolvimento regional de forma sustentável.
(Em colaboração com Kelinne Guimarães)