Além de conhecer os produtos e serviços desenvolvidos no Instituto Federal do Tocantins (IFTO), o público que visitou o estande do IFTO na Agrotins também pôde saborear alimentos e bebidas produzidos nas unidades da instituição. A degustação incluiu desde comidas mais conhecidas, como doce de leite e iogurte, até aquelas menos comuns, como carne de javali e hambúrguer feito de tilápia.

A produção de alimentos e bebidas faz parte das atividades práticas dos estudantes e é realizada nos laboratórios de unidades como Araguatins, Dianópolis, Palmas e Paraíso do Tocantins. “Todo o processo a gente faz desde o início. Desde criar a vaca, fazendo o manejo certo, depois levamos para a agroindústria onde é feito o processamento dos alimentos. Fazemos o envase. Alguns desses produtos são só para fins didáticos; outros, colocamos no posto de vendas. Tudo isso no próprio campus, onde temos as máquinas da agroindústria completa. Nós estudantes participamos de tudo”, detalha Renan Barbosa da Silva, do curso técnico em Agropecuária da unidade de Araguatins. Ele e sua turma colocaram lombo, costela e linguiça defumados, além de iogurtes de variados sabores e doce de leite  para degustação do público.  

Além dos produtos alimentícios resultantes de aulas práticas, também estavam disponíveis para degustação alimentos produzidos por meio de projetos, como é o caso dos produtos derivados do gengibre trazidos pela unidade de Paraíso do Tocantins. Os visitantes puderam provar licor, creme, chips açucarados, entre outros produtos feitos a partir da raiz. Eles foram produzidos como atividade do projeto integrador da turma de 1º ano do curso técnico integrado ao ensino médio em Agroindústria. 

De um projeto executado na unidade de Dianópolis veio a cachaça oferecida ao público do estante do IFTO. De acordo com o professor José Alberto Cardoso, o produto é fabricado por um produtor local que recebe a assistência técnica dos profissionais e estudantes da unidade. A parceria com os produtores locais é a primeira etapa do projeto, que já tem as próximas fases estabelecidas. ”A partir do próximo semestre, nós estaremos produzindo também cachaça, mas utilizando frutas do cerrado e manga e outras frutas que são consumidas na cidade, mas se tornam rejeitos por não estarem em ponto de comercialização. Assim, o objetivo é aproveitar essas frutas para fabricação de cachaça, que não é aquela que você encontra no mercado. Será a cachaça produzida com a própria fruta”, explicou o docente.

Enquanto novos produtos já estão sendo pensados para a próxima edição do evento, o público aprovou a variedade de sabores à disposição este ano. Vindo de Barrolândia, no Tocantins, e visitando a Agrotins pela primeira vez, Ricardo Reis ficou surpreso com as produções de alimentos derivados do leite feita pelos estudantes do IFTO. “Experimentei o doce de leite feito pelos alunos e está uma delícia, uma experiência incrível”, declarou o visitante.

 A recepção do público é um motivador para os expositores, como comentou   Renan Barbosa da Silva. “A gente veio aqui ampliar nosso conhecimento e também obter conhecimento. Apresentar o que estamos produzindo é maravilhoso porque a gente consegue ver pessoas de diversos lugares. Pela reação do público, eles estão aprovando nossos produtos até porque a gente caprichou para trazer isso aqui e mostrar que temos potencial”.