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IFTO comemora depósito de patente do "Adubo em Cápsula"
Inovação
O Instituto Federal do Tocantins (IFTO) protocolou, no último dia 19, o pedido de registro de patente nacional "Adubo em Cápsula" junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Entre os objetivos do registro de patentes está o de garantir proteção jurídica contra o uso e a cópia indevida de novas invenções e tecnologias, bem como uma forma de obter os direitos sobre a exploração dos produtos inventados.
De forma simples, o adubo em cápsula pode ser usado em hortaliças, canteiros ou vasos de plantas ornamentais. Basta apenas enterrar uma única cápsula ao lado planta. Após dez dias, em média, o criador pode repetir a dose. "O projeto foi idealizado na Paraíba durante o curso de mestrado na UFPB, porém, o produto pensado naquela época era diferente, não havia cápsulas, nem cores, além disso, era para uso pessoal. Somente como professor de agricultura do IFTO, o qual leciono desde 2016, pude materializar de fato o projeto", ressaltou o idealizador do projeto, o professor Reinaldo Medeiros, do Campus Lagoa da Confusão.
O professor destaca que qualquer pessoa pode fazer o uso da cápsula. "O adubo encapsulado garante que, mesmo a pessoa mais leiga, poderá sem risco algum produzir sua horta, jardim e mesmo seu vaso planta de apartamento, pois as doses são controladas e os nutrientes garantidos", enfatizou.
"Comprimidos" para plantas
O objetivo do produto é facilitar e enriquecer a adubação de plantas. A cápsula de consistência gelatinosa possui fertilizantes minerais para nutrição vegetal, sendo estes formados pela mistura de oito sais e corante em pó (fenilamina) para caracterizar os adubos em verdes, amarelos e vermelhos de modo que cada cor representa um grupo de espécies vegetais. As cápsulas possuem dois tamanho para uso de acordo com a idade da planta, e são acondicionadas em frascos e sacos, ambos de polietileno transparente e com capacidade para 120 a 200 cápsulas no frasco e 80 a 140 cápsulas nos sacos. A propriedade intelectual foi desenvolvida pelos professores do Campus de Lagoa da Confusão: Reinaldo Ferreira Medeiros, Rogério Lorençoni e Danilo Akio de Sousa Esashika.
Proteção da invenção
As assessoras do Núcleo de Inovação da Diretoria de Inovação e Empreendedorismo do IFTO, Simeia Carvalho de Oliveira Marinho e Hellen Souza Luz, esclarecem sobre a importância de patentear o produto. "A proteção da propriedade intelectual é uma garantia oferecida pelo Estado para invenções com potencial inovador, de forma a garantir a exclusividade na exploração da tecnologia desenvolvida. A patente pode ser transferida ao setor produtivo de forma a conferir vantagens competitivas para as empresas que explorarão a tecnologia. Em contrapartida, o IFTO e os inventores poderão receber royalties pela transferência. Além disso, a tecnologia pode ser explorada diretamente pelos inventores através da constituição de empresa", disseram.
Com esse processo do depósito de patente, "o IFTO cumpre seu papel de alavancar o setor produtivo por meio de transferência de tecnologia, além de motivar o desenvolvimento de inovação no âmbito da instituição. A tecnologia é elemento central para proporcionar vantagens competitivas para o setor produtivo além de possibilitar o acesso a novos produtos e serviços com custos reduzidos e mais eficazes pela comunidade, impactando na melhoria de qualidade de vida", ressaltaram as assessoras.
O processo de depósito da patente se dá em dois momentos diferentes: o primeiro passo tem início no próprio IFTO, a partir do momento que o inventor comunica à Diretoria de Inovação e Empreendedorismo (Diem), a qual inicia a assessoria ao inventor, de modo a identificar a existência ou não de proteções correlatas e orientações da redação de patente. O segundo momento se refere ao trâmite no INPI. A Diem e sua equipe passa então a fazer o acompanhamento das publicações e, em conjunto com o inventor, faz o saneamento de possíveis exigências solicitadas pelo INPI.
Outras invenções patenteadas
Atualmente, o IFTO conta com um depósito de patente internacional. Trata-se da descoberta de como produzir HMF por meio da quitosana, elemento encontrado na parte exterior do corpo dos animais artrópodes, especialmente crustáceos. Com o HMF pode-se obter diversos produtos, entre eles biocombustíveis. Além disso, existe outro pedido de patente já registrado pelo IFTO junto ao INPI.