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Dramaticidade em Vozes promove sarau literário
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Na terça-feira, 17, a unidade Porto Nacional promoveu um sarau literário como resultado do projeto de extensão Dramaticidade em Vozes, desenvolvido desde agosto deste ano, sob coordenação da professora Maria José Alves. A peça O auto da compadecida foi o texto escolhido para a primeira leitura dramatizada do grupo, que reúne servidores, terceirizados e estudantes.
O projeto Dramaticidade em Vozes busca ampliar a percepção e competência leitoral dos participantes. Nos encontros, conduzidos pela professora Maria José ou por um estudante colaborador do projeto, os participantes fazem a leitura dramática de obras teatrais. Nesse tipo de performance, a leitura é feita em voz alta para o público e exige interpretação por meio de expressões faciais, gestos e entonação. Dessa forma, o leitor tem sua imaginação estimulada e desenvolve múltiplas habilidades humanas como ouvir, ler e compreender com o corpo todo. Além disso, a dramatização de textos literários também possibilita uma possível sedução pela Literatura, ao aproximar o declamante da leitura.
A adesão ao grupo de leitura dramática foi feita ao poucos e Maria José destaca a participação dos funcionários prestadores de serviço no campus de forma terceirizada. Segundo a professora, com o projeto, eles puderam assumir o papel de protagonistas, saindo da invisibilidade ainda comum aos cargos que ocupam. "Num primeiro momento, tive medo de assustá-los porque quando se fala em leitura, afugenta. Mas, aos pouquinhos fui conseguindo fazer com que eles fossem aceitando participar. Hoje, tenho a maior tranquilidade em ir até eles e felicidade de ter me aproximado mais deles e fazer com que eles leiam é uma grande motivação".
Domingas Barros, terceirizada no campus e uma das participantes do Dramaticidade em Vozes, aprovou a experiência da leitura dramática. Para ela, os encontros literários eram uma forma de sair da rotina de trabalho e socializar. "Eu amei o projeto. Foi uma chance de ler, porque normalmente a gente tem preguiça e uma chance de interagir com os colegas e com os alunos e dar bastante risada". O desafio e o nervosismo de ler em voz alta para uma plateia não impede o desejo dela em continuar no projeto. "O clima do grupo foi tão bom que quero sim continuar participando", acrescenta.
Com o sucesso do sarau e o interesse pela participação, a professora Maria José já planeja dar continuidade do projeto. "Este ano eu considero o projeto como piloto, mas espero que no ano que vem a gente possa dar uma amplitude muito maior".
A coordenadora do projeto ressalta a importância significativa da parceria com os professores Simonní Furtado, Tharles Lopes, Niccolly Evannys, Mellis Rippel, Graci Reis, Sabrina Carvalho e Argemiro Pedrosa na execução do projeto e organização do sarau.